quinta-feira, 7 de abril de 2011

Vendas e lucros têm alta no Norte de SC em 2010

Insumo caro e dólar barato não tiram o brilho dos resultados na região

VANDRÉ KRAMER | vandre.kramer@an.com.br
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As vendas das dez empresas de capital aberto no Norte do Estado cresceram 14,2% em 2010, quase duas vezes a mais do que a expansão da economia brasileira no ano passado. Segundo informações encaminharadas para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) até 31 de março, elas tiveram um faturamento de R$ 15,56 bilhões. E, descontados todos os gastos, sobrou mais dinheiro no final do ano. O lucro cresceu 22,6%, atingindo R$ 1,43 bilhão.

A expansão dos negócios foi favorecida pela forte expansão do consumo – com salários maiores, juros mais em conta, prazos maiores para financiar as compras – e pelo aumento nos investimentos das empresas. E o mercado externo voltou a comprar com o vigor do período anterior à crise. Empresas do segmento metal-mecânico, como a Schulz e a Tupy, viram dobrar o dinheiro que entrou das exportações.

Mas o resultado final poderia ser melhor se não fossem dois problemas: um velho e outro novo. O dólar barato – que fechou 2010 com uma cotação média de R$ 1,759 – teve impacto negativo para as receitas das têxteis, como a Döhler, a Marisol e a Buddemeyer – que preferem continuar priorizando os negócios no Brasil.

O novo problema foi o aumento no preço das matérias- primas, motivada pelo crescimento no consumo mundial e redução na produção. O caroço de algodão teve um aumento de 170%, segundo a FGV, e os metais industriais ficaram até 56% mais caros, de acordo com o Deutsche Bank. Excluindo os números da Whirlpool – a maior companhia de capital aberto do Norte do Estado e que responde por 44,4% dos resultados registrados por empresas deste tipo –, a lucratividade das empresas foi menor. Ela passou de 11,3% das vendas, em 2009, para 7,9%, em 2010.

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