sábado, 2 de abril de 2011

Coteminas mantinha trabalhadores em condições de escravidão

Causa operária

de abril de 2011



Foi feita em torno da morte de José Alencar uma campanha em defesa de sua trajetória política e empresarial. A imprensa tomou o cuidado de ocultar tudo aquilo que testemunhasse contra a imagem que tentaram construir dele.
Um dos casos escondidos da população é a denúncia de que a Coteminas, principal indústria têxtil do país e de propriedade dele e de sua família, foi denunciada diversas vezes por utilizar trabalho escravo em suas unidades.
O caso se tornou público em 2007 após uma fiscalização do Ministério do Trabalho. Na ocasião, 26 trabalhadores foram resgatados de condições semelhantes a de um trabalhador escravo.
A condenação da empresa ocorreu no dia 14 de setembro de 2009 e o Ministério do Trabalho teria que incluir a Coteminas no Cadastro Nacional de Empregadores Infratores.
Na época, o presidente da empresa era Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar. No entanto, o próprio ex-vice presidente sempre deixou claro que tinha poderes sobre as decisões da Coteminas.
Na empresa de José Alencar foi constatado que os alojamentos dos trabalhadores não contavam com instalações sanitárias, nem local adequado para refeições ou fornecimento de água potável e energia elétrica.
O trabalho escravo, como praticamente na totalidade dos casos, era feito através de uma empresa terceirizada, neste caso a Ambitec. Ela era responsável pelo plantio e cortes de madeira para caldeiras.
Este e outros fatos servem para esclarecer os verdadeiros motivos da campanha da imprensa em defesa de José Alencar.


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