quinta-feira, 31 de maio de 2012

Unificação da alíquota para importados pode causar 10 mil demissões na região de Itajaí

Governo e iniciativa privada reuniram-se segunda-feira para traçar estratégias contra os prejuízos

Uma tempestade se aproxima, com hora marcada para despencar. A unificação da alíquota de ICMS em 4% para produtos importados em transações interestaduais, aprovada pelo Senado em abril, ameaça os bons ventos que vinham impulsionando a economia catarinense. As estimativas mais pessimistas preveem a debandada de centenas de empresas e cerca de 20 mil pessoas desempregadas em todo o Estado -10 mil somente na região de Itajaí.

Governo e iniciativa privada reuniram-se segunda-feira, em Florianópolis, com objetivo de traçar estratégias para aumentar a competitividade dos portos e segurar as empresas no Estado. Na pauta do dia, preços mais atraentes e agilidade nos processos de importação.

Um decreto do governador Raimundo Colombo definiu um grupo de trabalho, com representantes de todos os setores envolvidos, que terá 30 dias para definir ações. Por enquanto, o que se sabe é que o ataque terá que ocorrer em várias frentes.

Logística terá que ser reforçada com melhorias na infraestrutura 

Hoje, a logística é a principal vantagem dos portos catarinenses em relação ao Porto de Santos, maior beneficiado pelas novas regras por estar mais próximo dos grandes centros consumidores. E pode estar na eficiência o caminho para evitar o desaquecimento do mercado.

— Os portos de São Paulo estão congestionados e a liberação das cargas pode demorar o dobro de Itajaí, por exemplo. Este será nosso diferencial, a qualidade do serviço — diz Eclésio da Silva, presidente do Sindicato das Agências Marítimas no Estado.

Para Newton Oliveira Junior, diretor do Sindicato das Empresas de Comércio Exterior de Santa Catarina (Sinditrade), a palavra de ordem, a partir de janeiro de 2013 - quando passam a valer as novas regras - terá que ser agilidade:

— É a única forma de ganharmos em competitividade.

A logística terá que ser reforçada com melhorias na infraestrutura e no setor portuário, que, de acordo com a reunião de ontem, deverão ficar a cargo do governo do Estado, financiadas pelo BNDES. Caberá ainda ao governo estadual a cobrança de obras de responsabilidade do governo federal, como a duplicação da BR-470 e a conclusão da Via Expressa Portuária de Itajaí, essenciais para dar mobilidade às cargas.

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Governo define que classe média tem renda entre R$ 291 e R$ 1.019

O governo brasileiro já tem uma nova definição para a classe média brasileira. Considerando a renda familiar como critério básico, uma comissão de especialistas formada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República definiu que a nova classe média é integrada pelos indivíduos que vivem em famílias com renda per capita (somando-se a renda familiar e dividindo-a pelo número de pessoas que compõem a família) entre R$ 291 e R$ 1.019.

"Quem tiver renda per capita nesse intervalo será considerada classe média", disse Ricardo Paes de Barros, secretário de Ações Estratégicas da SAE, na noite desta terça-feira, em São Paulo. Segundo ele, a definição de classe média foi finalizada após análises de propostas com mais de 30 alternativas, feitas em quatro reuniões da equipe técnica da secretaria e mais duas da equipe de avaliação.

Dentro dessa definição, a comissão dividiu a classe média em três grupos: a baixa classe média, composta por pessoas com renda familiar per capita entre R$ 291 e R$ 441, a média classe média, com renda compreendida entre R$ 441 e R$ 641 e a alta classe média, com renda superior a R$ 641 e inferior a R$ 1.019.

"Isso é um ativo para a sociedade brasileira. A classe média do País representa mais da metade da população. Tendo uma definição padrão, que seja aceita por todo mundo, isso vai facilitar muito toda a discussão sobre o que pensa, o que quer, o que espera, o que faz e qual o padrão de consumo dessa nova classe média", disse Barros.

Segundo a comissão, para chegar a essa definição a secretaria levou em consideração o padrão de despesa das famílias e os gastos com bens essenciais e supérfluos. Também foi usado como critério o grau de vulnerabilidade, ou seja, da probabilidade de retorno à condição de pobreza.

Após a definição, a comissão estuda agora aplicar políticas públicas voltadas para essa classe média. A ideia é fazer com que se diminua a rotatividade de emprego entre os trabalhadores formais, aumentando a capacitação profissional. "Queremos estimular relações de trabalho de mais longa duração", explicou.

Segundo Barros, além da qualificação dos trabalhadores, o governo também estuda promover políticas públicas que estimulem, por exemplo, a poupança. "Já estamos trabalhando em políticas de qualificação continuada para trabalhadores ocupados, expansão das possibilidades de microsseguros, educação financeira e outras políticas voltadas para os diferentes segmentos da classe média", disse.

De acordo com o ministro da SAE, Moreira Franco, a próxima etapa do trabalho da comissão será a de criar ferramentas que possam interagir e estimular o debate e a reflexão sobre essa definição. Uma das primeiras ferramentas será a criação de uma pesquisa chamada Vozes da Classe Média, que pretende fazer um levantamento sobre as aspirações e o comportamento das pessoas que fazem parte desse grupo social.

Agência Brasil

terça-feira, 29 de maio de 2012

Lucro líquido da Hering em 2011 chega a R$ 394,46 milhões

A Companhia Hering divulgou hoje seus resultados financeiros referentes ao ano de 2011, quando reportou lucro líquido de R$ 394,46 milhões, correspondendo a um avanço de 42,7% em relação ao ano precedente, quando havia somado R$ 276,5 milhões.

Nos três últimos meses de 2011, a empresa registrou alta de 4,4% nos ganhos na relação anual, com um montante de R$ 105,21 milhões.

A receita líquida da empresa atingiu os R$ 1,64 bilhão no ano, o que representa uma expansão de 33,4% ante 2010, que contabilizou R$ 1,23 bilhão no período.

O Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) da Hering subiu 42,7% no ano, com um volume de R$ 394,4 milhões.

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CIA HERING: Resultado do 1º Trimestre de 2012

A empresa registrou lucro líquido de R$ 70,2 M no 1T12, uma variação de -33,3% em relação ao 4T11 e aumento de 37,6% em relação ao 1° trimestre de 2011. A receita líquida atingiu R$ 326,0 M neste trimestre, 20,0% menor que o quarto trimestre de 2011, que foi de R$ 407,3 M. No mesmo período do ano anterior, a receita líquida havia atingido o valor de R$ 277,3 M.

O resultado corresponde a uma margem bruta de 46,38% contra 50,97% no trimestre anterior e 46,60% no primeiro trimestre de 2011. Já a margem líquida ficou em 21,54% no primeiro trimestre de 2012 contra 25,83% no 4° trimestre de 2011.

Os ativos totais atingiram o saldo de R$ 1,1 B, acréscimo de 26,4% em relação ao saldo no mesmo trimestre do ano anterior. O patrimônio líquido atingiu a soma de R$ 781,5 M neste trimestre, o que representou uma variação de 38,0% em relação ao saldo no 1° trimestre de 2011.

Neste período, a ação oscilou 45,26% contra 13,67% do Ibovespa, enquanto que o valor de mercado alcançou R$ 7,6 B contra R$ 4,8 B no 1° trimestre de 2011.


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Cia Hering tem lucro acima do esperado no 1º tri

SÃO PAULO, 25 Abr (Reuters) - A Cia Hering fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de 70,2 milhões de reais, 37,6 por cento superior ao apurado no mesmo período do ano passado e acima do previsto pelo mercado.

A média de cinco previsões de analistas obtidas pela Reuters apontava lucro de 65,4 milhões de reais para a empresa no período.

Embora tenha antecipado, no início de abril, que as vendas nos três primeiros meses do ano ficariam abaixo do esperado pela própria companhia -impactadas por fatores climáticos e demanda ainda em recuperação-, a varejista viu sua receita líquida crescer 17,6 por cento ano a ano, para 326,6 milhões de reais.

O destaque, segundo a empresa, ficou por conta da marca Hering Kids, voltada ao público infantil, cujas vendas saltaram 32,9 por cento, o melhor desempenho entre as marcas no período.

Pelo conceito mesmas lojas, que considera aquelas em operação há pelo menos 12 meses, as vendas da rede aumentaram 4 por cento no trimestre passado.

"Em função do desaquecimento do mercado... fazendo com que nossos clientes permaneçam cautelosos nas suas apostas de compras, o desempenho de vendas da rede no primeiro trimestre permaneceu abaixo das expectativas da companhia", afirmou a varejista no balanço.

"Foi verificado fluxo mais baixo de consumidores nos shoppings e, além disso, março foi caracterizado por dias quentes, diferentemente do mesmo mês do ano anterior, cujas temperaturas mais baixas facilitaram a introdução da coleção de outono/inverno", acrescentou.

A geração de caixa medida pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 90 milhões de reais entre janeiro e março, alta de 21,1 por cento na comparação anual, com a margem passando de 26,8 para 27,5 por cento.

De janeiro a março, os investimentos somaram 7,4 milhões de reais, sendo a maior parcela destinada às áreas industrial e de infraestrutura tecnológica.

A Cia Hering encerrou março com 535 lojas e reiterou a meta de abrir 75 unidades Hering Store e 20 Hering Kids este ano. Nos 12 meses até março, foram inauguradas 87 lojas.

(Por Vivian Pereira)
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Karsten e Altenburg planejam franquias e mais lojas próprias

Depois de lançarem algumas poucas unidades em caráter de teste, agora Karsten e Altenburg programam não só um aumento mais significativo de lojas próprias, como também já fazem os primeiros estudos para o lançamento de um canal de franquias.

A Karsten tem se mostrado mais adiantada no processo de franquias. Já há planos para começar esse projeto em 2013, mas o presidente da empresa, Alvin Neto, prefere ainda não dar detalhes sobre o investimento inicial para cada loja, área geográfica de maior interesse nem o valor de royalties ou perspectivas de faturamento. Mas afirma que este modelo será comercializado entre o fim de 2012 e início de 2013 e espera-se que daqui três a quatro anos a empresa tenha 25 lojas Trussardi entre próprias e franqueadas.

No fim do ano passado, o grupo Karsten abriu três lojas Trussardi em um modelo de parceria com clientes chamado de lojas em lojas. Nesta formato, há uma área dentro da loja do cliente que é exclusiva da marca Trussardi, com "check out" próprio. A operação é do cliente, mas a Karsten possui uma promotora Trussardi que acompanha o negócio e as informações de giro. As inaugurações ocorreram em Recife, Brasília e Florianópolis e há previsão de mais 12 lojas deste tipo neste ano, com uma meta de se chegar em até 50 em três anos.

Entre abril e maio, a Karsten dará outro passo no varejo, com inauguração de uma loja-conceito da Trussardi na capital paulista, criando a primeira loja monomarca, de fato, própria.

A busca pelo varejo vem aos poucos sendo o novo alvo das fabricantes do setor têxtil do ramo de cama, mesa e banho. O direcionamento busca a lucratividade e uma espécie de contraponto ao movimento do próprio varejo. Hoje, tanto o varejo de grande quanto o de médio porte já adquirem produtos manufaturados prontos na Ásia para vender em suas lojas no Brasil, deixando de comprar produtos da indústria nacional.

Na Altenburg, o projeto de franquias também avança e deve sair no médio prazo, mas o diretor comercial da empresa, Gláucio Braga, não dá detalhes. "O projeto está sendo estudado. Contratamos pessoas, mas está bem no começo. Hoje temos uma equipe estudando varejo e uma unidade de negócios voltada para isso".

Neste ano, a Altenburg programa a abertura de 16 novas lojas próprias, todas em São Paulo. Isso triplicaria o volume atual de lojas. No fim de 2011, a Altenburg já dava pistas do seu apetite maior pelo varejo ao inaugurar duas novas unidades na capital paulista, nos bairros de Moema e Itaim Bibi.
As novas lojas previstas devem seguir a ideia de inserção em bairros nobres e em shopping centers. "São Paulo tem bastante potencial e dá muita visibilidade para a marca. É a vitrine do Brasil", explica Braga sobre a opção de concentrar as novas lojas em um único Estado.

Em 2008, a Altenburg havia aberto uma loja-piloto em Balneário Camboriú (SC) para testes. Desde então vinha timidamente investindo nisso. Mas no ano passado, segundo Braga, houve uma revisão desses negócios e a empresa fechou 2011 com um total de quatro unidades: 3 em São Paulo e uma em Santa Catarina.

A revisão envolveu estudos sobre o modelo de loja, a variedade de produtos a ser ofertada e discussões sobre a localização, preços, entre outras. Dentre as diretrizes, o executivo explica que há preocupação de que os pontos de venda das lojas monomarcas estejam a uma determinada distância do varejo multicanal e que as lojas Altenburg tenham uma política "justa" de preços. Isto é, não vender mais barato do que varejo multimarcas. "É preciso ter um mark up (margem de lucro) dentro da realidade do mercado", diz Braga, considerando que a indústria também depende da existência do canal multimarcas para o seu faturamento. "Estamos indo com muito cuidado, pois a distribuição é importante nas lojas multimarcas. Para chegar a todos os pontos do Brasil você não faz isso só com pontos próprios e franquias".


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Cia. Hering segue rumo aos R$ 2 bilhões

A receita bruta da Cia. Hering atingiu em 2011 a cifra de R$ 1,64 bilhão, 33,4% maior que a registrada em 2010. O balanço foi divulgado ontem à noite em comunicado aos investidores. Pelo menos nos últimos quatro anos o crescimento da receita da empresa blumenauense fica entre 30% e 40%. Ultrapassou a casa de R$ 1 bilhão em 2010 e pode ultrapassar os R$ 2 bilhões dois anos depois. O grande desafio agora é manter esse crescimento.

— A base vai aumentando e atingir esses índices é cada vez mais difícil — explica o diretor administrativo Carlos Tavares D'Amaral. Ao que tudo indica, só um fato novo na economia brasileira poderia afetar o desempenho da empresa este ano, algo que, pelo menos até agora, parece distante.

Na rede de lojas Hering Store, principal canal de distribuição da marca Hering, o crescimento das vendas atingiu os mesmo 33,4%. Em 2011 foram abertas 85 novas unidades (quase duas por semana), encerrando o ano com 432 unidades. Considerando apenas as lojas que estavam abertas em 2010, o crescimento nas vendas foi de 12,7%.

A aposta da empresa agora está na marca Hering Kids, cuja rede de lojas engatinha, com cinco unidades. Até o fim do ano devem ser abertas 20 lojas e o objetivo é alcançar, em alguns anos, a marca de 200 lojas.


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Speranzini se mantém entre as maiores construtoras do país

A blumenauense Speranzini repetiu o feito de 2010 e está no ranking das 100 maiores construtoras do país em 2011, elaborado pela ITC – Inteligência Empresarial da Construção. Em relação a 2010, a empresa caiu sete posições, passando de 77ª para 84ª, com 158,8 mil metros quadrados construídos. A maior construtora do país é a Gafisa, que ergueu 7,1 milhões de metros quadrados em 296 obras.



A construtora blumenauense está com 21 obras em andamento e 18 no papel. O empresário Nilton Speranzini diz que os problemas do ano passado, especialmente os relacionados à falta de mão de obra, aos poucos vão sendo solucionados. Só a burocracia não é vencida. A tradicional queixa sobre a demora na aprovação de projetos na prefeitura de Blumenau, recorrente entre as construtoras, permanece.

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Lucro da TEKA aumenta 182% no primeiro trimestre de 2012

Receita líquida da companhia cresce 16,3%. Investimento no varejo é um dos principais focos para os próximos meses.

Blumenau – A TEKA – Tecelagem Kuehnrich S/A (BMF&Bovespa: TEKA3, TEKA4), uma das maiores empresas do setor de cama, mesa e banho da América Latina, registrou no primeiro trimestre deste ano R$ 40,6 milhões de lucro líquido, um aumento de 182% em relação a igual período de 2011. Na mesma base de comparação, o EBITA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) apresentou crescimento de 155,2%, atingindo R$ 5,5 milhões nos acumulado dos primeiros três meses de 2012.

A receita líquida apurada pela companhia foi de R$ 65,9 milhões, um incremento de 16,3% sobre o primeiro trimestre do ano passado. A receita bruta aumentou 15,7%, para R$ 85,5 milhões, e o faturamento no mercado interno ficou em R$ 82,6 milhões, representando 93% do faturamento total da empresa.

“A evolução dos resultados da TEKA decorre, sobretudo, da normalização do custo do algodão e da efetivação do repasse nos preços dos produtos, associados a ações de reduções de custos e despesas financeiras em geral”, afirma Marcello Stewers, vice-presidente da companhia. Para os próximos meses, a TEKA tem o objetivo de colocar em prática as ações previstas no plano de negócios encomendado à KPMG (que será anunciado na segunda quinzena de maio). Uma das principais estratégias foi segmentar a atuação da companhia por meio de Unidades de Negócios, visando maior otimização, com foco nas marcas, produtos e novos canais, para gerar crescimento em vendas.

A partir do segundo semestre de 2012, a TEKA planeja inaugurar uma loja piloto no Shopping Park Europeu, em Blumenau (SC). “O investimento no varejo faz parte do novo foco da empresa, que deve implantar outros pontos de venda em diversas capitais brasileiras”, destaca Stewers. A expectativa da companhia é operar com lojas próprias e franqueadas.

A TEKA também está estudando a conversão de suas ações preferenciais em ordinárias ainda neste ano. O plano é um complemento às medidas operacionais e financeiras adotadas para sustentar o crescimento da companhia e para reformular as diretrizes do programa de Relações com Investidores, em linha com as melhores práticas de Governança Corporativa.

TEKA - Fundada em 1926, a TEKA é uma das maiores fabricantes de artigos de cama, mesa e banho da América Latina. Com atuação em todo o Brasil, a marca está entre as mais tradicionais do setor têxtil e prioriza a excelência de seus produtos e serviços como forma de fidelizar os clientes e criar valor aos acionistas. A companhia, que conta com cerca de 3500 colaboradores, possui um dos parques fabris mais modernos da América Latina, com quatro unidades localizadas nos municípios de Blumenau e Indaial, em Santa Catarina, e Arthur Nogueira e Itapira, em São Paulo, além de um centro de distribuição em Sumaré (SP).

Teka começa ano com números positivos


Depois de resultados negativos em 2011, a Teka respira bons ares com os números do primeiro trimestre do ano, divulgados para os investidores. O lucro líquido de janeiro a março foi de R$ 40,6 milhões. Ano passado houve prejuízo de R$ 49,2 milhões. A receita líquida foi de R$ 65,9 milhões, 16,3% maior que em 2011.

“A evolução dos resultados decorre, sobretudo, da normalização do custo do algodão e da efetivação do repasse nos preços dos produtos, associados a ações de reduções de custos e despesas financeiras em geral”, diz o vice-presidente da empresa, Marcello Stewers, no comunicado.

Para os próximos meses, a Teka coloca em prática as ações previstas no plano de negócios encomendado à KPMG, que será anunciado na segunda quinzena de maio. No segundo semestre, uma loja própria será aberta no Shopping Park Europeu. “O investimento no varejo faz parte do novo foco da empresa”, destaca Stewers.

Prejuízo em 2011 foi maior
No ano passado, a Teka registrou prejuízo de R$ 194,6 milhões, 40% maior que o prejuízo de 2010. Em 2011, a Teka registrou receita bruta de R$ 340,6 milhões, queda de 17,6% em relação ao ano passado. Segundo relatório de demonstrações financeiras da empresa, “o ano de 2011 foi fortemente prejudicado pelo aumento do preço do algodão”.

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Coteminas desativa fábricas para investir no setor imobiliário

Empresa da família de José Alencar planeja construir hotel e shopping em terreno de 885.000 m², afirma jornal Folha de S.Paulo


Coteminas
Coteminas: companhia vai investir no setor imobiliário


São Paulo - As dificuldades enfrentadas pelo setor têxtil no país têm feito a Coteminas, tradicional empresa deste mercado, que pertence a família de José Alencar, repensar suas estratégias de negócios.

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, desta quarta-feira, a Coteminas está desativando duas fábricas no Rio Grande do Norte para investir no ramo imobiliário.

No terreno, de 885.000 metros quadrados, onde as unidades fabris estão localizadas, será construído um complexo imobiliário, com residências, escritórios, shopping, hotel e centro de convenções.

O empreendimento está orçado em 1 bilhão de reais. "A expectativa é que tudo esteja concluído em cinco anos", afirmou Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas e filho de José Alencar, ao jornal.

Apesar da nova aposta, Silva disse ainda que não está abandonado o setor têxtil, mas admite que perdeu imprtância relativa na economia.


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As 15 maiores empresas têxteis

Veja as 15 maiores empresas têxteis do Brasil em 2010, segundo Melhores e Maiores:

Credit Suisse alcança 17% de participação na Coteminas


Credit Suisse
CSHG não pretende alterar a composição do controle da companhia

São Paulo – A Credit Suisse Hedging-Griffo Asset Management e a Credit Suisse Hedging-Griffo Serviços Internacionais (juntas conhecidas pela sigla CSHG) atingiram participação de 17,01% do total de ações preferenciais da Coteminas (CTNM4) conforme mostra comunicado enviado hoje à Comissão de Valores Mobiliários.

A porcentagem equivale a 12.441.900 papéis, o correspondente a 10,66% do capital social da empresa. Segundo o comunicado, a CSHG não pretende alterar a composição do controle da companhia. Além disso, as oportunidades de exercício do direito de eleição de conselheiro fiscal ou de administração em separado ainda serão avaliadas.


MPT pede R$ 5 milhões à Teka por danos morais em Artur Nogueira, SP

Liminar determina redução de doenças ocupacionais na Teka

Uma liminar da Justiça do Trabalho determinou a adoção de medidas para reduzir a ocorrência de doenças ocupacionais entre os funcionários da Teka Tecelagem, principalmente lesões por esforço repetitivo (LER/Dort). A decisão da Vara do Trabalho de Mogi Mirim (SP) foi concedida em uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho. Por nota, a fabricante informou que vai recorrer.

A liminar determina ainda que a empresa mantenha um profissional de engenharia e medicina do trabalho sempre presente na fábrica, emita Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT) para o funcionário doente ou machucado e faça um estudo de riscos ambientais, entre outras providências.

Segundo a decisão da juíza Cristiane Kawanaka de Pontes, se a empresa descumprir a determinação deverá pagar multa de R$ 10 mil por dia. "As diversas reclamações trabalhistas propostas em face da reclamada, nas quais são discutidas doenças de origem ocupacional, já demonstraram condições inadequadas de trabalho. Os documentos ora juntados aos autos também corroboram esta situação", diz a juíza.

A Teka começou a ser fiscalizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) da 15ª Região (Campinas) em 2007. "Foram constatadas atividades antiergonômicas. A fábrica na região é um ambiente que provoca doenças", afirma o procurador do trabalho responsável, Silvio Beltramelli Neto. Com isso, foi proposto um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas a empresa não aceitou. "Por isso, ajuizamos uma ação civil pública com pedido de liminar", explica.

No mérito, o Ministério Público também pede a condenação da Teka ao pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos. "Entendemos que a proteção à saúde do trabalhador gera custos às empresas, mas esperamos que a determinação judicial seja cumprida", diz o procurador do trabalho.


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Cremer eleva receitas em 33,6%, para R$ 126,5 milhões

No entanto, lucro líquido da empresa foi afetado por maiores despesas financeiras e caiu 27,6% no período.

Puxada pelos negócios de varejo e hospitalar, a receita líquida da Cremer aumentou 33,6% no primeiro trimestre deste ano, alcançando R$ 126,5 milhões. A empresa divulgou os resultados nesta quarta-feira (2/5).

Representando 55,6% da receita trimestral total, o segmento hospitalar registrou uma alta de 38,2% na receita do período, para R$ 70,3 milhões. Neste negócio, o destaque ficou com os produtos plásticos, cujas vendas aumentaram 383%.

O segmento varejo, por sua vez, incluiu pela primeira vez os produtos da adquirida Topz e elevou em 50,5% sua receita (R$ 31,1 milhões). O negócio teve uma participação de 24,6% na receita total do período.

As receitas dos segmentos odonto e outros segmentos para a saúde aumentaram em 14,2% e 35,6%, respectivamente. Já os segmentos industriais tiveram queda de 0,3% nas vendas trimestrais.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) aumentou 11% na comparação com o primeiro trimestre de 2011, atingindo R$ 15,7 milhões.

Por outro lado, o lucro líquido da empresa caiu 27,6%, para R$ 3,1 milhões. "A queda no lucro líquido caixa é basicamente resultado de despesas financeiras maiores", explicou a Cremer nas suas demonstrações financeiras.

Endividamento e alavancagem
A dívida líquida da Cremer aumentou 104,5% e alcançou R$ 194,6 milhões ao final de março de 2012.

De acordo com a empresa, o consumo de capital de giro (R$ 22,1 milhões), os investimentos (R$ 2,9 milhões), o pagamento de proventos (R$ 6,2 milhões) e a liquidação antecipada de debêntures (R$ 400 mil) contribuíram para o aumento do endividamento.

Com esse aumento, a relação entre dívida líquida e Ebitda (alavancagem) da Cremer aumentou de 1,74 vez para 2,90 vezes, acima do objetivo de 1,50 vez.

"Nosso foco é reduzir a alavancagem financeira da companhia, tanto através de redução do nosso endividamento líquido quanto através da expansão do nosso Ebitda", informou a Cremer.

http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/cremer-eleva-receitas-em-336-para-r-1265-milhoes_116299.html



Veja o relatório da Bradesco Corretora

Teka fecha no azul após ação contra a União

Uma ação judicial favorável à empresa de cama, mesa e banho Teka, sediada em Blumenau (SC), alterou significativamente o seu resultado no primeiro trimestre do ano. A Teka anunciou ontem um lucro líquido de R$ 40,6 milhões no primeiro trimestre. No mesmo período do ano passado, a empresa havia apresentado prejuízo de R$ 49,2 milhões.

Em dezembro de 2005, a Teka ingressou com uma ação declaratória contra a União para afastar a limitação imposta à compensação dos saldos negativos de imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e base negativa da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) com tributos da mesma espécie.

Com uma ação judicial, ela colocou um ponto final a essa limitação em 13 de novembro do ano passado, de forma que passou a utilizar créditos oriundos de prejuízos fiscais e base negativa para o pagamento de outros tributos arrecadados pela Receita Federal, e isso modificou o balanço.

A empresa contratou uma empresa especializada para apurar o montante total de créditos tributários passíveis de compensação. Até 31 de março de 2012, contabilizou R$ 124, 5 milhões de créditos de 1997 a 2002, mas outros valores ainda estão sendo levantados.

O vice-presidente da Teka, Marcello Stewers, explica que com a ação favorável, segundo ele, transitada e julgada, agora a empresa passa a poder compensar créditos com impostos que ainda irão vencer. "O que era moeda podre virou dinheiro bom", resumiu.

O item "outras receitas operacionais" do balanço divulgado ontem atingiu R$ 102 milhões.

Segundo o vice-presidente, o resultado apurado no primeiro trimestre muda o panorama da empresa para até 2014.

Na sua opinião, trata-se de um ganho que, juntamente com outras ações tomadas pela companhia recentemente - como corte de custos - alteram a saúde financeira da Teka.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou nos primeiros três meses deste ano R$ 5,5 milhões, um resultado que inverteu um Ebitda negativo de R$ 10 milhões no primeiro trimestre do ano passado.

No primeiro trimestre, a receita líquida foi de R$ 65,9 milhões, um incremento de 16,3% sobre o primeiro trimestre do ano passado. A receita bruta aumentou 15,7%, para R$ 85,5 milhões.

De acordo com Stewers, o mercado externo representou apenas 3,39% da receita. No mesmo período do ano passado, as exportações responderam por 7,04% da receita.

Na última sexta-feira, a Teka havia divulgado com atraso de um mês o resultado do ano de 2011. Nos dados de todo o ano passado, o prejuízo chegava a R$ 194,6 milhões, um resultado pior do que o de 2010, quando as perdas haviam atingido R$ 138,3 milhões. O resultado Ebitda foi negativo em R$ 23,6 milhões em 2011 - havia sido positivo de R$ 17,5 milhões em 2010.

Recentemente, a empresa anunciou seus planos de loja própria, com a sua loja piloto prevista para ser inaugurada no segundo semestre no Shopping Park Europeu, em Blumenau. Além disso, a Teka já anunciou mudanças na sua área comercial, com reforço das vendas com novos canais, como as vendas porta a porta.

Autor: Vanessa Jurgenfeld | De Florianópolis
Valor Econômico - 03/05/2012

Coteminas participa do projeto de Shopping de R$ 260 milhões

MARA BIANCHETTI.

Depois dos investimentos de quase R$ 800 milhões no setor industrial anunciados pela Alpargatas e pela Case New Holland (CNH), subsidiária do grupo Fiat, agora foi a vez da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas) prometer mais aportes para Montes Claros, no Norte do Estado. Ao todo serão R$ 260 milhões destinados aos segmentos de comércio e serviços, por meio da implantação de um shopping center.

Em parceria com o grupo B2B, o chamado Norte Power Shopping será instalado na antiga fábrica da Coteminas, próximo ao aeroporto do município. Ao todo estão previstos 60 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 170 mil metros quadrados. Para tal, o galpão da fábrica será reformado e ampliado.

O projeto prevê um mall com cerca de 150 lojas, praça de alimentação, hipermercado, cinema, hotel, centro de convenções, além de um centro cultural, que receberá o nome de José de Alencar, em memória ao ex-vice-presidente da República e fundador da empresa, falecido em março de 2011.

A expectativa é de que o novo shopping de Montes Claros gere mais de 2 mil empregos durante as obras de edificação e outros 3 mil a partir do início das operações, previstas para até o fim do ano que vem.

Conforme o vice-presidente da Coteminas, Pedro Garcia Bastos Neto, o faturamento total do empreendimento deverá ser de R$ 260 milhões por ano. "Do montante, R$ 75 milhões serão revertidos em impostos e boa parte desses que ficarão retidos em Montes Claros", disse.

Além da construção do centro de compras, Bastos Neto aproveitou o encontro com o prefeito de Montes Claro, Luiz Tadeu Leite, para anunciar ainda a aquisição de 86 caminhões para compor a frota da empresa na cidade. Na ocasião ele informou que o emplacamento será feito no município, fazendo com que metade dos recursos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) correspondente fique na cidade.

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e do Norte de Minas (Sedvan), Gil Pereira, trata-se de mais um resultado do trabalho que o governo de Minas Gerais vem fazendo no sentido de diversificar a pauta econômica do Estado, atraindo, inclusive, investimentos de diferentes setores para a região Norte de Minas. "E não para por aí. Outros aportes para a região estão em estágio avançado de negociação e deverão ser anunciados em breve", adianta.

Outros aportes - Conforme já anunciado, o Norte de Minas irá receber investimentos da ordem de R$ 1,25 bilhão até o fim deste exercício. As inversões serão alocadas na agroindústria permitirão a criação de 5 mil empregos durante o período de implantação dos empreendimentos e outros 2,5 mil quando o projeto estiver em plena operação.

A região tem sido alvo também de investimentos na prospecção de gás natural na parte mineira da bacia do rio São Francisco e nas reservas de minério de ferro recém-descobertas, concentradas em área que abrange 20 municípios da região.

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Coteminas tem prejuízo de R$ 51,5 Milhões no 1º Trimestre

SÃO PAULO - A Coteminas, do setor têxtil, apresentou prejuízo de R$ 51,5 milhões no primeiro trimestre, contra lucro de R$ 10,5 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 32,9 milhões, recuo de 53,5%. A receita líquida da companhia no período somou R$ 367,1 milhões, praticamente estável frente a um ano antes.

Os resultados foram pressionados pelas operações descontinuadas, que somaram R$ 39,6 milhões, e pelas despesas com vendas, gerais e administrativas, no montante de R$ 99,6 milhões.

“Importante ressaltar que a operação de varejo com a bandeira Artex se encontra em fase inicial de implantação, já incorrendo nas despesas de vendas mas com um faturamento abaixo do seu potencial total devido ao período de maturação”, explicou a empresa, em nota.

A empresa destacou que o faturamento total da rede de varejo totalizou R$ 51,4 milhões, alta de 15,8%.

Foram inauguradas três novas lojas MMartan no primeiro trimestre de 2012. A empresa prevê que serão inauguradas cerca de 32 lojas ao longo de 2012. Da marca Artex, também foram inauguradas três lojas, sendo que está planejada a abertura de cerca de 40 novas.

As vendas por meio do canal multimarcas, por sua vez, totalizaram R$ 164,9 milhões no período, crescimento de 13,4%.

A empresa fechou o ano passado em um dos maiores prejuízos de sua história - de R$ 259,7 milhões, ante lucro de R$ 2,2 milhões em 2010. Diante dos resultados e das perspectivas para o cenário global, a Coteminas anunciou no início do ano que está em negociações avançadas para a venda de ativos nos EUA. Os negócios referentes às linhas de produtos “fashion bedding” e “banho” com as marcas próprias e de terceiros estão sendo colocadas à venda.

Além disso, a holding do setor têxtil anunciou uma reestruturação acionária para simplificar sua estrutura societária. Ao fim do processo, a empresa pretende aderir ao Novo Mercado, nível mais elevado de governança corporativa da BM&FBovespa.

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As novas medidas de estímulo à indústria local

Confira detalhes do pacote anunciado ontem, 03, pelo governo está a desoneração da folha de pagamento e o adiamento do pagamento do PIS/Cofins de abril e maio, para novembro e dezembro

Em cerimônia oficial, realizada ontem, 03, no Palácio do Planalto, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff anunciou novas medidas de estímulo à indústria brasileira, incluindo têxtil e de confecções entre os 15 setores beneficiados pelo pacote atual. As medidas, que incluem a desoneração tributária sobre a folha de pagamento, foram apresentadas como instrumentos para aumentar a competitividade da indústria brasileira. A previsão é que entrem em vigor dentro dos próximos 90 dias - até junho.

Como funciona a desoneração

# Para a indústria têxtil e de confecções, uma das principais medidas foi a mudança no cálculo de contribuição previdenciária. A mudança aplica-se apenas à contribuição patronal paga pelas empresas e que no regime atual corresponde a 20% sobre o valor da folha salarial. Pelo novo regime, empresas de confecção e têxteis deixarão de recolher os 20% devidos da cota patronal passando a pagar 1% sobre a receita bruta.

# Confecções já podiam optar por contribuir com 1,5% sobre o faturamento desde dezembro de 2011. Com as novas medidas, a alíquota foi reduzida para 1% para as confecções e passou a incluir a indústria têxtil que havia ficado de fora até então. De acordo com o governo, a mudança na contribuição previdenciária é definitiva e também obrigatória para empresas desses setores.

# O ministério da Fazenda alerta que "todas as demais contribuições incidentes sobre a folha de pagamento permanecerão inalteradas". Nada muda no recolhimento de FGTS, seguro-saúde ou da contribuição previdenciária dos próprios empregados.

PIS/Cofins
# Importação: o pacote de medidas estabelece que como contrapartida à desoneração da contribuição previdenciária patronal haverá aumento do PIS/Cofins sobre o valor das importações. No caso de têxteis e confecções, a alíquota paga terá acréscimo de 1%.

# Exemplo usado pela Fazenda: "uma peça de confecção produzida no Brasil terá sua receita bruta auferida no mercado doméstico tributada em 1% pela contribuição previdenciária; e uma peça de confecção importada terá uma alíquota adicional de 1% da Cofins-importação".


Cobrança adiada
O governo também postergou, para cinco setores – têxtil, confecções, autopeças, calçados e móveis –, o prazo de recolhimento do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), impostos que não se aplicam às empresas de pequeno porte que optam pelo Simples Nacional. Os pagamentos dos meses de abril e maio deverão ser realizados nos meses de novembro e dezembro de 2012, respectivamente. Nas datas, serão recolhidos os valores das contribuições atuais e postergadas, por isso, as empresas devem fazer um planejamento de caixa para fazer frente às despesas, alerta a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil).

Ainda no pacote de medidas, foi anunciada redução dos juros, aumento do volume de crédito e novas condições de financiamento de maquinários pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), do BNDES, que receberá um aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional. Para os setores que atuam no mercado externo, como é o caso do têxtil, o governo anunciou uma ampliação do Programa de Financiamento à Exportação (Proex), que contará com R$ 3,1 bilhões.

A Abit considera positivas as medidas anunciadas, mas insuficientes. "(...)É preciso mudanças contínuas e profundas nas estruturas de produção. As medidas anunciadas hoje mostram uma sensível preocupação com a desindustrialização e redução dos empregos no país. Não tornam o Brasil competitivo, mas o coloca no caminho certo”, declarou o presidente da entidade, Aguinaldo Diniz Filho.

Importação têxtil cai e de vestuário sobe

Segundo dados da Funcex, outra surpresa foi o aumento da exportação de tecidos que chegou a 80% em relação a março de 2011

Em março, o comportamento do volume de importação dos setores ligados diretamente a matérias-primas mostrou desaceleração e mesmo queda, quando comparado ao mesmo período do ano passado. No caso dos setores têxtil, calçados e vestuário, os especialistas apontam a influência da operação Maré Vermelha, pela qual a Receita Federal intensificou a fiscalização, com verificação física das mercadorias desembarcadas.

Mas, Rodrigo Branco, economista da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), avalia que os motivos dessa variação não são claros, pois, os dados ainda são recentes. Ele explica que os dados mostram a desaceleração da importação no segmento de vestuário (continua a subir, mas, a taxas menores) e a queda dos importados no segmento têxtil. Pesquisa publicada em abril pela entidade revela que a importação têxtil caiu 21,1%, enquanto a indústria de confecção de acessórios e vestuário fez o movimento inverso, com crescimento das importações de 19,3%, sobre igual período do ano passado.

Surpresa também no volume de exportação. Juntamente com a área petrolífera, a indústria têxtil nacional foi uma das que apresentaram valores positivos em comparação a março de 2011, aumentando o valor da exportação em 80,7%, atingindo em março US$ 208 milhões. De janeiro a março, o valor das exportações foi de US$ 594 milhões. Também a área de confecções de artigos de vestuário e acessórios apresentou crescimento das vendas externas, mas em patamar bem inferior, chegou a apenas 5,2%, registrando faturamento de US$ 19 milhões. No primeiro trimestre, a exportação dessa área correspondeu a US$ 45 milhões.

No plano interno, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a produção industrial na área têxtil cresceu 6,6%, em abril, enquanto a de vestuário sofreu queda de 7,2%.

Receita do varejo sobe, lucro cai

Acompanhe os resultados do balanço de Renner, Riachuelo, Marisa e Hering no primeiro trimestre; todas mantêm planos de expansão para 2012

Os dias de calor que se estenderam quase até fim de abril e a economia que anda balançando por conta dos abalos provocados pela crise europeia e pela desaceleração de crescimento da China afetaram o desempenho de três grandes redes de varejo – Renner, Marisa e Riachuelo. Os melhores resultados do primeiro trimestre de 2012 foram registrados pela Hering.

As quatro registraram aumento de receita líquida e todas apuraram lucro líquido. Mas, ao contrário de seus concorrentes, o lucro líquido da Hering cresceu 37,6% em relação ao período de janeiro a março de 2011. A receita líquida apresentou taxa de expansão menor, com crescimento de 17,64%, sobre igual período do ano passado.

O desempenho mais fraco foi das lojas Marisa. O lucro líquido que já havia recuado em 2011, continuou a cair. No primeiro trimestre de 2012, o recuo foi de 98,7% sobre os R$ 36 milhões obtidos de janeiro a março de 2011, fechando o período com parcos R$ 400 mil de lucro líquido. A receita líquida também apresentou resultados modestos em relação aos concorrentes, com aumento de 5,2%.

Ao anunciar o balanço do trimestre, a Renner enxerga período de retomada do crescimento. Avalia que o aumento de 19,6% na receita líquida foi sustentado pela boa aceitação das coleções por parte do consumidor. “E que as de janeiro e fevereiro foram até maiores que o esperado”, afirma em relatório ao mercado. Março, porém, apresentou redução do ritmo inicial. O lucro líquido do período recuou 25% em relação ao obtido no primeiro trimestre de 2011.

Também a Riachuelo lucrou menos. O lucro líquido foi 14,2% menor que os resultados apurados de janeiro a março de 2011. Em compensação, a receita líquida subiu 19% sobre igual período. Os resultados são explicados pelo “cenário ainda desafiador”, por carregar “nível de estoque acima do ideal ao final de 2011” e pelo ajuste no mix de produtos, com a incorporação de itens mais elaborados.


Planos mantidos
Todas as quatro redes mantiveram as projeções traçadas ao final de 2011 para o ano seguinte. Delas, a Renner foi a que mais investiu no período. Aplicou R$ 69,2 milhões, dos quais R$ 23,7 milhões com a abertura de lojas. O plano é abrir outras 28 até o final do ano, entre tradicionais e compactas.

Da mesma forma, a Riachuelo comunicou ao mercado que mantém a decisão de abrir 30 novas lojas ao longo de 2012. No primeiro trimestre, não abriu nenhuma. Porém, em abril inaugurou duas, uma no Pará, no Parque Shopping Belém, e outra no Rio Grande do Sul, no Bourbon Shopping Wallig. Os investimentos no período somaram R$ 33,6 milhões, dos quais R$ 25,6 milhões destinados à Riachuelo e os outros R$ 8 milhões para a Guararapes.

A Hering afirma “permanecer otimista em relação às perspectivas para o segundo trimestre de 2012”, reiterando a meta de abrir 75 lojas Hering Store e 20 Hering Kids, conforme anunciou no balanço de 2011. O investimento de janeiro a março atingiu R$ 7,4 milhões, dos quais R$ 2,3 milhões para a área industrial e R$ 3,8 milhões para a área de TI (tecnologia da informação).

Segundo a Marisa, a coleção de inverno foi bem recebida a partir de março, situação que daria boas perspectivas para o próximo trimestre. Os planos são de aplicar novo layout em 40 lojas da rede até maio, de forma a privilegiar categorias de produtos com maior venda por metro quadrado. No primeiro trimestre iniciou a venda de calçados, como estava previsto. Ao final de 2011, a Marisa informou ao mercado a meta de abrir 33 lojas, das quais 21 já estariam contratadas.

Jussara Maturo http://gbljeans.com.br/noticias_view.php?cod_noticia=3821

Importados invadem varejo de vestuário

Folha Online

Diversificadas e em linha com as passarelas internacionais, as araras das grandes redes varejistas de vestuário no Brasil vêm sendo incrementadas com uma tendência a mais: a presença cada vez maior de itens importados, resultado da pesada carga tributária, um dos principais entraves à indústria têxtil no país.

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a participação dos produtos importados no mercado brasileiro de bens industriais bateu novo recorde no acumulado dos últimos quatro trimestres encerrados em março.

O coeficiente de penetração de importações - que considera tanto o consumo final das pessoas quanto o de insumos pela indústria - atingiu 22,2% no período, o maior nível desde 1996. No segmento de vestuário, o coeficiente ficou em 12%, após 10,6% 12 meses antes.

Já a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) estima em 20% a participação dos importados na indústria de vestuário. Nessa conta, os oito pontos percentuais acima do número da CNI referem-se a um outro problema pertinente ao setor: o contrabando de mercadorias.

"A carga tributária aqui é muito alta, o que não acontece na Ásia", disse o presidente da Abravest, Roberto Chadad. "[Os importados] estão ocupando espaço da indústria nacional aqui dentro, tanto de empregos quanto de produtos... Estamos dando emprego aos chineses."

Segundo Chadad, 42 impostos incidem sobre o setor têxtil brasileiro, incluindo aqueles relacionados ao mercado interno e externo.

"O governo liberou o INSS para o setor têxtil como um todo, mas são medidas pontuais", assinalou ele. "O custo da mão de obra no produto é de 8%. O problema é mesmo a alta carga tributária, os juros altos."

Na lista de argumentos apontados pelas varejistas para recorrer à importação estão no topo da carga tributária, os altos custos de produção e a baixa escala da indústria nacional, seguidas por questões logísticas.

"O que pesa é a questão do custo, que hoje é muito alto", disse o presidente-executivo da Lojas Renner, José Galló. "A logística também afeta, mas seguramente uma redução de custos tornaria a indústria nacional mais competitiva e reduziria as importações", acrescentou.

COLEÇÃO DE INVERNO

No mix de produtos das maiores redes varejistas do país, os itens de inverno, como jaquetas e malhas, respondem pelo maior volume das importações, vindas principalmente de China, Índia, Hong Kong e Bangladesh.

A Renner importa entre 18% e 20% de seus produtos, sendo 40% equivalentes a itens de inverno como couro e lã, segundo Galló, resultado da estação pouco rigorosa no país e da escassez de matéria-prima suficiente para produzir tais peças em larga escala.

Do total comercializado pela Hering, enquanto isso, quase 28% são produtos acabados adquiridos de terceiros. Desses, 82,3% vêm do mercado internacional.

"A China é mais uma alternativa para ter produtos com bom custo-benefício para o consumidor na loja", afirmou o vice-presidente financeiro da Hering, Frederico Oldani. "O país não favorece a produção... [a importação] permite ter produtos específicos nas lojas independentemente da sazonalidade."

A Marisa Lojas, por sua vez, tem 15% de seu mix vindo do mercado externo e esse nível deve aumentar para 20% no curto prazo, , afirmaram executivos da empresa em reunião com analistas e investidores no final de 2011.

Em todo o ano passado, foram importadas 640,5 milhões de peças de vestuário, o que equivale a 9,3% do consumo aparente da indústria de vestuário, de acordo com o Instituto de Estudos em Marketing Industrial (Iemi).

Ainda conforme o Iemi, China e Hong Kong responderam, juntos, por 63,9% das importações brasileiras de vestuário em 2011. Bangladesh é o segundo maior fornecedor, com 6,8 %, seguido pela Índia, com 6,1%.

REIVINDICAÇÕES

O atual cenário, em que itens importados ocupam cada vez mais espaço nos cabides das varejistas, decorre do crescimento industrial mais lento que o consumo.

Segundo estudo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), em parceria com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a produção nacional não tem sido suficiente para suprir a demanda interna.

O levantamento apontou que o consumo per capita de têxteis cresce 8% ao ano, equivalente a um aumento de 36% de 2006 a 2010. Já a produção per capita cresceu 2,5% ao ano, menos de 11% no período, com parte da demanda sendo suprida pelas importações.

"O varejo de vestuário defende a necessária adoção de medidas que estimulem a renovação do parque industrial brasileiro... além da capacitação de mão de obra", defende a ABVTEX. "O aumento da produtividade é essencial neste momento."

Segundo Chadad, da Abravest, a CNI vem coordenando as reivindicações do setor junto ao governo.

Fusão com Santanense é sonho antigo da Coteminas

Fonte: Valor Econômico
Por Graziella Valenti | De São Paulo

Já se passaram oito anos desde que a Coteminas assumiu o controle da Santanense e o sonho acalentado de fusão com a Cedro continua vivo. Josué Gomes da Silva, controlador e presidente da Coteminas, sustenta os planos do pai falecido, o ex-vice-presidente da República José Alencar, de que as companhias combinadas ficariam mais fortes para fazer frente à crescente concorrência asiática.

"As razões que existiam em 2004 para uma fusão estão mais fortes ainda, com o mundo cada vez mais globalizado", disse Gomes da Silva ao Valor.

Além de dona da Santanense, a Coteminas tem 30% da Cedro e a visão de futuro para uma combinação se sofisticou. A ideia é que a empresa resultante tenha o capital pulverizado no Novo Mercado.

No início de abril, quando anunciou a própria reorganização societária, que também culminará com a adesão ao Novo Mercado, a Coteminas expôs esse seu plano, que depende da família Mascarenhas, controladora da Cedro.

Como o desejo de fusão é antigo, em 2004, junto com a aquisição da Santanense, houve uma negociação efetiva, que por muito pouco não alcançou sucesso. Combinadas, as empresas teriam quase R$ 900 milhões de receita líquida, conforme os números de 2011, e lucro líquido de R$ 40 milhões.

Apesar de ser impossível prever os termos de uma potencial união entre Santanense e Cedro, não é difícil concluir que a Coteminas seria a maior acionista da empresa resultante, pois é a mais exposta a soma dos negócios - detém 88% do capital da Santanense e 30% da Cedro. Porém, ela própria já manifestou o desejo de pulverizar o controle dessa empresa no Novo Mercado.

"Admiramos e respeitamos a Cedro. Só haverá negócio quando for desejo de todos. E nós não temos intenção de controlar a empresa", enfatizou Gomes da Silva.

A operação poderia trazer liquidez e reconhecimento do valor dos ativos. Hoje, nenhuma das duas possui negociação significativa em bolsa, embora tenham capital aberto. A Santanense vale R$ 138 milhões e a Cedro, R$ 100 milhões.

Cristiano Ratton Mascarenhas, presidente do conselho, disse que não há planos de combinação com ninguém. Qualquer diálogo não teria nada de trivial. São mais de 200 acionistas, resultantes da expansão da família Mascarenhas ao longo dos 140 anos de vida da Cedro, donos de 64% do negócio.

Mesmo assim, Gomes da Silva está tentando já facilitar sua parte. Na reorganização em curso, trouxe a fatia na Cedro para a mesma holding que controla a Santanense.

Cremer exerce direito de compra da Embramed, Paraisoplex e K-torres

SÃO PAULO - O conselho de administração da Cremer (CREM3), fornecedora de produtos para cuidados com a saúde, exerceu seu direito de compra da participação total de três empresas: Embramed, Paraisoplex e K-torres. O preço pago pela aquisição das quotas é de R$ 32,1 milhões, deduzidos a dívida líquida e contingências. O pagamento será feito à vista e em reais, informa a companhia em comunicado.

Em setembro de 2010, a companhia havia anunciado em fato relevante que adquiriu o direito de comprar essas três empresas. A Cremer tinha até março de 2014 para exercer a aquisição. Na mesma data, ela tinha firmado um contrato de compra exclusiva dos produtos fabricados pelas três companhias, por um prazo de três anos, no valor de R$ 5 milhões.

Com a aprovação do conselho, a operação passará agora pelo crivo dos acionistas em assembleia geral, sem data marcada para ocorrer. A Cremer informa ainda que os acionistas que votarem contra terão o direito de reembolso de suas ações.


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Conselho da Coteminas Aprova Incorporação da Encorpar Investimento (Cedro Têxtil)

SÃO PAULO - O conselho de administração da Coteminas, holding do setor têxtil, aprovou em reunião no dia 14 a incorporação da Encorpar Investimentos. O órgão aprovou ainda o laudo de avaliação contábil que apontou o valor de R$ 86,9 milhões para o acervo líquido da Encorpar a valor contábil, no fim de 2011.

Agora, a Apsis Consultoria e Avaliações vai elaborar um laudo sobre o patrimônio líquido da subsidiária e da Coteminas, a preço de mercado.

A integração da empresa à organização faz parte de esforços da controladora para avançar ao Novo Mercado da BM&FBovespa, que representa o nível máximo de governança corporativa da bolsa.

Com a incorporação, a holding passa a deter 30,8% do capital social da Cedro. O laudo de avaliação sobre a troca de ações ainda deve ser submetido aos acionistas minoritários da Coteminas.

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