sábado, 22 de janeiro de 2011

Empresários brasileiros fizeram lobby no Haiti

por Natalia Viana, no blog CartaCapital Wikileaks

Um documento publicado hoje pelo WikiLeaks revela que empresários brasileiros pressionaram o governo americano para entrar na iniciativa Hope II.
A empresa Coteminas, do ex-vice-presidente José Alencar, liderou o pedido.

A Hope II é a continuação da Lei Hope, ou Oportunidade Hemisférica Haitiana (Opportunity through Partnership Encouragement), aprovada em 2007 pelo governo dos Estados Unidos.

A lei criou “zonas francas” para a produção de têxteis, chapéus e pijamas no Haiti.

Os bens podem ser exportados aos EUA livres de impostos.

O pedido para a inclusão de empresas brasileiras foi feito por Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas, dona da marca Santista, ao ex-embaixador americano Clifford Sobel, em 29 de junho de 2009

Josué Gomes, filho de José Alencar, é coordenador do Fórum de CEOs Brasil-Estados Unidos, uma  iniciativa dos ex-presidentes Bush e Lula para estimular o fluxo comercial entre os dois países através de parceria com os governos. CEOs de diversas empresas e representantes governamentais participam do fórum.

“Gomes da Silva pediu urgência no progresso no requerimento do governo americano para participação brasileira no Hope II como uma maneira de impulsionar o desenvolvimento no Haiti”, descreveu Sobel em um telegrama, afirmando que levaria o pedido ao governo americano.

Em 17 de setembro de 2009, o Brasil ratificou com os Estados Unidos um plano para o estabelecimento de fábricas brasileiras no Haiti, sob os termos da lei Hope.

A iniciativa permite a exportação dos bens produzidos para os dois países – sem pagar impostos.

ONGs haitianas denunciam que as empresas estrangeiras que fazem parte do Hope lucram em dobro, pois o preço da mão-de-obra no Haiti já é bem inferior aos demais países.

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Cremer firma acordo comercial com Targa, com direito a opção de compra

SÃO PAULO - A Cremer firmou acordo com a Targa, dona da marca Lemgruber, para comprar luvas de procedimento fornecidas pela Targa em condições especiais, além de efetuar diretamente a importação e utilizar a marca Cremer nas luvas fornecidas pela empresa.

O contrato de comercialização, no valor de R$ 20 milhões, tem validade até 2017.

A Cremer também firmou com a Targa um acordo que dá direito a uma opção de subscrição de ações da Targa no montante entre 20% e 40% do capital da companhia. O bônus de subscrição vai prever uma avaliação da Targa de 5 vezes o Ebitda dos últimos 12 meses e poderá ser exercido entre 2014 e 2017.

(Téo Takar | Valor)
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Hering registra avanço de 41,6% na receita bruta total do quarto trimestre


Por: Equipe InfoMoney

SÃO PAULO – A Hering (HGTX3) anunciou nesta sexta-feira (14) seus dados operacionais referentes ao quarto trimestre do ano passado, no qual registrou avanço de 41,6% na receita bruta total sobre o mesmo período de 2009.
Além disso, as vendas totais tiveram uma expansão de 41,9% na comparação entre o último trimestre de 2009 e 2010, ao passo que as vendas no conceito mesmas lojas marcaram alta de 20,6% na mesma base. 

Lojas
Por fim, a companhia também anunciou que encerrou o ano com 347 lojas Hering Store - no final de 2009, eram 276 unidades. O número de lojas superou as expectativas da empresa (que projetava fechar o ano com 337 lojas), reveladas no resultado do terceiro trimestre. 

“Além disso, em linha com os planos de reposicionamento de outras marcas, a companhia inaugurou duas lojas próprias Hering Kids e uma loja exclusiva da marca dzarm, todas na cidade de São Paulo”, comunicou a empresa.

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Cremer planeja atuar na área imobiliária

Fonte: Valor Econômico

A fabricante de produtos médico-hospitalares Cremer se prepara para entrar num ramo totalmente fora do seu objeto social, a área imobiliária. Por força das mudanças contábeis, a companhia, que tem 75 anos de existência, foi obrigada a atualizar o valor do seu ativo imobilizado e identificou uma diferença positiva de R$ 293 milhões entre o número que estava registrado no balanço, de R$ 51 milhões, e o valor justo dos ativos.

Como consequência, decidiu criar uma subsidiária, chamada Cremer Administradora de Bens Ltda., para cuidar desses ativos. Nela serão aportados imóveis, terrenos e edificações no valor de R$ 214 milhões, sendo que R$ 77 milhões se referem a bens que não estão sendo usados atualmente nas operações da empresa.

“Agora temos um mandato claro para gerar valor sobre esses ativos. Por enquanto, criamos essa subsidiária para administrar os bens próprios da companhia, mas visualizamos no futuro ter atividade imobiliária”, diz Rafael Grisolia, diretor financeiro e de relações com investidores da Cremer.

Uma proposta de alteração do objeto social da companhia, com o intuito de incluir a atividade imobiliária, deve ser incluída na pauta da próxima assembleia geral ordinária. “A gente tem o esqueleto em pé, mas agora temos que montar o corpo todo, criar essa expertise”, afirma.

As normas internacionais de contabilidade permitem que, no primeiro balanço em IFRS, se atribua um novo custo para o ativo imobilizado, em caso de diferença relevante sobre o valor registrado no balanço. Ao aprovar a norma traduzida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) sobre o assunto – a ICPC10 -, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recomendou que as empresas usassem essa opção ou explicassem o motivo da manutenção do custo histórico.

“A defasagem entre o valor da avaliação técnica e o do livro era muito grande. Uma vez identificada essa diferença, não havia argumento para não fazer a contabilização”, explica Grisolia.

O lado negativo dessa atribuição de novo custo é que, quando o valor do ativo fica maior, aumenta também a conta de depreciação, o que reduz o lucro.

No caso da Cremer, considerando que uma diferença de R$ 121 milhões do ajuste se refere a terrenos, que não são depreciados, o efeito negativo sobre o lucro será de R$ 4 milhões por ano, segundo o diretor financeiro. Esse valor equivale a 10% do lucro líquido de R$ 39,3 milhões que a empresa apurou no período de 12 meses até setembro de 2010.

Ao ser questionado sobre se haveria uma compensação desse efeito para os acionistas na hora de distribuição de resultados, Grisolia disse que nada muda na estratégia de distribuição de 100% do lucro da companhia, que em setembro tinha caixa de R$ 91 milhões.

O diretor da Cremer afirmou ainda que, ao menos por enquanto, a companhia não irá elevar o pagamento de juros sobre capital próprio, que tem vantagem fiscal sobre os dividendos, por conta do aumento do patrimônio líquido decorrente do ajuste do valor do ativo imobilizado. “O que temos de parecer é que isso não aumenta a base de JCP, ainda que haja teses de questionamento. Se ficar mais claro com assessores jurídicos e auditores no futuro, nós faremos”, explica o executivo.

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