sexta-feira, 22 de junho de 2012

Setor Têxtil tem seu pior trimestre em 20 Anos

Industriais de São Paulo se juntam aos políticos para cobrar medidas do governo estadual.

O pior resultado da cadeia têxtil e de confecção em um primeiro trimestre, num período de 20 anos, motivou uma reação de representantes do setor no Estado de São Paulo através de cobranças levadas ao governo.

Em relação ao mesmo período do ano passado, a produção têxtil paulista caiu 10,29%, enquanto a redução do setor de vestuário foi de 26,15% nos primeiros três meses deste ano, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e avaliação do Sinditêxtil - o sindicato das tecelagens de São Paulo.

Entidades de classe e a Frente Parlamentar do Setor Têxtil se reuniram ontem com o secretário estadual de Fazenda, Andrea Sandro Calabi, para entregar uma petição em que solicitam nova série de medidas para dar fôlego ao setor.

"Foi uma reunião muito boa e esperançosa. Esperamos um sinal verde do secretário em 20 ou 30 dias", disse o presidente do Sinditec (Sindicato das Indústrias Têxteis de Americana e Região), Fabio Beretta Rossi.

De acordo com ele, a principal reivindicação para as indústrias da RPT (Região do Polo Têxtil) é o aumento do prazo de recolhimento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 40 para 90 dias, após o fechamento de cada mês.

Um ofício da Frente Parlamentar encaminhada à Fazenda argumenta que a proposta "não deve acarretar renúncia significativa de arrecadação, uma vez que o mercado têxtil paulista se mostrará mais competitivo, na medida em que o preço se torne mais acessível - e o ICMS é, indiscutivelmente, componente importante do preço".

Ainda de acordo com o documento, baseado no IBGE, o pessoal ocupado na produção, de janeiro a março, recuou 6,07%, na indústria têxtil e 5,41%, no vestuário.

"O secretário reconheceu a importância de manter o setor têxtil vivo aqui no Estado. Esperamos que essa posição influencie na avaliação desses pedidos", comentou o presidente do Sinditêxtil, Alfredo Bonduki.

Ele ainda enfatizou o objetivo de diminuir a evasão de empresas do ramo para fora do Estado e o aumento da competitividade com os produtos estrangeiros.

"Esperamos que o aumento do consumo nos ajude na recuperação do começo de ano ruim", acrescentou.

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