quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Tupy: 45% da receita com exportações

Empresa valoriza tecnologia nas vendas externas

16/08/2011 | 18h25



Redação AB

A Tupy, fundição especializada em ferro de Joinville (SC), encerrou o primeiro semestre de 2011 com receita operacional de R$ 1,047 bilhão, 20% superior à obtida em igual período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 81,4 milhões, equivalente a 8% sobre a receita operacional e 27% superior aos R$ 64 milhões dos primeiros seis meses de 2010. Outro resultado expressivo: as exportações foram responsáveis por 45% da receita.

Nos primeiros seis meses a empresa investiu R$ 104,9 milhões, do total de R$ 264 milhões previstos para 2011, ampliando a capacidade em Joinville e reconstruindo Fundição C, para blocos e cabeçotes de motores, que já funciona com uma linha e estará completa no fim do ano. Para peças automotivas, nova linha de moldagem entrou em operação na Fundição B.

Com a capacidade atual ocupada em quase 100%, em Joinville e Mauá (SP), a empresa abriu no primeiro semestre mais de 800 postos de trabalho, somando 8.890 profissionais.

Evolução

A Tupy tem ações em bolsa desde os anos 70, mas a história no País tem raízes em 1938, com a produção de conexões de ferro maleável para instalações hidráulicas. A empresa concorre com fundições de primeiro nível no mercado global de blocos e cabeçotes e atende projetos de modernização de motores brasileiros, especialmente no segmento diesel, agitada pela vigência da legislação Proconve P7 a partir de janeiro.

Na evolução para P7, que atende normas equivalentes à Euro 5, é preciso adequar o processo de fundição e o projeto de engenharia de produto, em razão de novas condições de combustão e da integração com sistemas de pós-tratamento.

Com as operações de Joinville e Mauá (instalação adquirida da Cofap) a Tupy domina cerca de 80% dos fornecimentos de blocos e cabeçotes para motores diesel no País e 45% entre os veículos leves, a gasolina. O restante das encomendas na área de blocos e cabeçotes é atendido, na maior parte, pela Teksid, do Grupo Fiat.

Para escapar dos efeitos da crise financeira deflagrada em 2008, a Tupy tratou de valorizar os negócios internacionais com a oferta de alta tecnologia. Hoje 60% da produção de blocos e cabeçotes segue para o exterior, apesar de a relação cambial minar a rentabilidade dessas operações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário