sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Protestos fecham fábricas de vestuário em Bangladesh

Daca - Protestos violentos fecharam cerca de 250 fábricas de vestuário em Bangladesh, perto da capital Daca, nesta quarta-feira, quando milhares de trabalhadores protestaram exigindo salários mais altos nas empresas que fornecem roupas baratas para varejistas como Wal-Mart.

Trabalhadores em greve entraram em confronto com a polícia pelo terceiro dia consecutivo, causando cerca de 100 feridos. A polícia revidou, disparando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.



"Fomos obrigados a fechar todas as fábricas de vestuário em Ashulia temendo mais vandalismo, e também por razões de segurança, após os distúrbios dos últimos dias", disse Mohammad Atiqul Islam, presidente da Associação de Fabricantes e Exportadores de Vestuário de Bangladesh.

Existem cerca de 250 fábricas no distrito industrial de Ashulia, que fornecem mercadorias para a maioria das principais marcas ocidentais, incluindo Walmart, H&M, Gap e Eagle, disseram autoridades de negócios.

Na semana passada, um grupo nomeado pelo governo votou para aumentar o salário mínimo dos milhões de trabalhadores do setor. De acordo com o grupo, os ganhos dos funcionários deveriam aumentar para 5,3 mil takas (US$ 66,25) por mês, uma alta de 77%. Ainda assim, o salário mínimo no país seria o mais baixo do mundo. Os trabalhadores rejeitaram a proposta e exigiram 8,114 mil takas (US$ 100) 
das atuais 3.000 takas (38 dólares).

Os donos das fábricas não apoiaram qualquer proposta e afirmaram que elevar o salário oferecido para um funcionário iniciante aumentaria seu custo de produção significativamente e destruiria a indústria em um mercado global altamente competitivo.

Bangladesh é o segundo maior país de fabricação de vestuário do mundo, depois da China. O país ganha mais de US$ 20 bilhões por ano com as exportações de roupas, principalmente, para os Estados Unidos e Europa. O setor emprega cerca de 4 milhões de trabalhadores, a maioria mulheres.

O Ministério do Trabalho ainda terá de aprovar o montante proposto para torná-lo uma lei.


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