terça-feira, 19 de julho de 2011

Ações da Hering despencam 3,82% após prévia operacional do 2º trimestre

15 de julho de 2011 • 17h26 Por: Tatiane Monteiro Bortolozi

SÃO PAULO - As ações da varejista Hering (HGTX3) fecharam em forte baixa de 3,82% na tarde desta sexta-feira (15), cotadas a R$ 32,70. O recuo dos papéis neste pregão reverte os ganhos de 1,02% acumulados entre segunda (11) e quinta-feira (14), e reforça o desempenho negativo de 8,91% no mês.
Na véspera, foram divulgados os resultados operacionais preliminares do segundo trimestre de 2011. De abril a junho, a receita bruta total da companhia mostrou um crescimento de 37,9% sobre o mesmo período do ano anterior. As vendas totais aumentaram 38% em relação ao segundo trimestre de 2010, com alta de 16,3% no critério mesmas lojas, ou seja, em unidades inauguradas há um ano.
A melhora no quesito mesmas lojas, entretanto, foi a menor desde a reestruturação da companhia, em meados de 2007. "Ainda assim, consideramos o crescimento de 16% como uma performance muito sólida, especialmente porque esperamos que as vendas mesmas lojas no trimestre ultrapassem outras varejistas", cujo crescimento deve ser de apenas um dígito, compara a analista do Deutsche Bank, Renata Coutinho.
Recuo não é um problema específico da companhia 
Após conversa com a administração da Hering, o Deutsche reitera que o atraso de temperaturas mais baixas neste inverno levou as lojas a ficarem com poucos estoques em junho. O risco, comum ao varejo, também deve ter sido enfrentado por outras empresas do setor, "o que nos deixa confortáveis para avaliar que o recuo da Hering não é um assunto específico da companhia até agora", diz Renata. O banco mantém a recomendação de compra.
Desempenho da Hering Store contrasta com vendas pioresA Link Investimentos também optou por manter a recomendação de outperform. Embora as vendas totais tenham levemente decepcionado a projeção de alta de 39,1%, o desempenho da rede Hering Store superou o crescimento estimado de 33,4%, mesmo com a forte base de comparação com o segundo trimestre de 2010.
"Continuamos achando que a Hering, devido ao seu portfólio de marcas fortes e ao seu modelo de negócios verticalizado, é um boa alternativa para ficar exposto ao setor de consumo", diz Cintra, em relatório.

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