GREVE: funcionários exigem décimo terceiro e regularização no salário
Alex Bússulo
Os funcionários da Teka que estão em greve desde a tarde de ontem, segunda-feira (25), foram impedidos de entrar no refeitório no final da tarde de hoje, terça-feira. A situação gerou polêmica e revolta entre os manifestantes.
A reivindicação dos funcionários é que a empresa pague o décimo terceiro e regularize o salário. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Campinas e Região, aproximadamente 150 funcionários já aderiram à greve.
“O pessoal desconta o valor da refeição do nosso salário. Eles vem pedindo que a gente colabore com eles há mais de seis meses, afirmando que a empresa está em uma situação difícil. Agora, eles estão negando um prato de comida para a gente. Me sinto constrangido. Uma empresa desse tamanho não podia fazer isso com a gente”, afirma o funcionário Antônio Moreira Sobrinho.
A Polícia Militar foi acionada e permanece no local, o que gerou ainda mais revolta por parte dos manifestantes. “Nós estamos em greve, reivindicando um direito nosso, porque estamos com o pagamento atrasado, sem décimo terceiro e férias. Agora, fomos proibidos de jantar na empresa, sendo que nós pagamos pela comida. Essa comida já foi descontada no mês e agora eles nos impedem de um direito nosso. Eu acho um absurdo eles mandarem a polícia para barrar trabalhadores. Aqui só tem trabalhador. Pai e mãe de família. Recebi R$ 500 na semana passada, paguei R$ 400 de aluguel, R$ 40 de água e estou sem dinheiro. Quem entrou para trabalhar pode comer. Já nós, que estamos reivindicando nossos direitos, ficamos sem comida”, afirma a funcionária Andreia Ferreira Marciano.
A reclamação é a mesma entre os grevistas. “Isso é um absurdo. Vou ficar sem janta porque eles chamaram a polícia. Não recebi décimo terceiro, férias e estou com o salário atrasado. Acho que nem vou receber. Isso é um total desrespeito”, afirma Quitéria Pereira dos Santos.
O sindicado afirmou que não concorda com a atitude da empresa. “A Teka ainda não se posicionou sobre o pagamento dos salários, nem dos outros direitos. Agora, eles estão impedindo o pessoal de se alimentar aqui, sendo que o pessoal ainda paga uma parte do valor da refeição. Estive em contato com a diretoria da Teka e eles alegam que isso é uma ordem de Blumenau – SC [local onde está localizada a matriz da Teka]. A ordem é de não dar alimentação para aqueles que não estão trabalhando, mesmo que eles paguem o valor. Isso é um absurdo. Pelo menos se o pessoal estivesse recebendo em dia, eu até concordaria. Agora, uma empresa que deve para o seu trabalhador, quer que ele trabalhe sem receber o salário e ainda fica com uma picuinha dessas. É um absurdo”, afirma o diretor do sindicato, Josué Fussi Veloso.
A Polícia Militar informou que foi acionada pela empresa e que não está impedindo a entrada de nenhum funcionário ao refeitório. Segundo o policial, a presença da viatura é para “que não haja a violação do direito de ninguém”.
Revolta
Os funcionários afirmam que estão exigindo apenas o que é deles por direito. “Nós não estamos atrás de aumento ou de melhorias. Queremos apenas que paguem o que é nosso por lei. Queremos apenas respeito, nada mais do que isso”, afirma o funcionário Pedro Luís Ferreira Pires.
A greve não tem data para terminar. “Sou pai de família e preciso receber meu dinheiro. Em janeiro deste ano agendei minhas férias para o dia 15 de abril. Hoje, quando cheguei para trabalhar fui informado que eu simplesmente já estava de férias e não precisava estar aqui”, afirma o funcionário Claudio Márcio de Campos.
“Estamos vivendo de promessas. Falam que vão pagar, mas só estão enrolando. Todas as minhas contas estão atrasadas. Queremos respeito”, afirma o funcionário Luís Carlos Ferreira dos Santos.
Andreia Souza trabalha na Teka há mais de quatro anos e afirma que desde setembro o pagamento vem atrasando. “O certo é recebermos nosso salário no quinto dia útil. Até agora não pagaram e quando pagam dão apenas uma parte. Nossas dívidas não esperam”, afirma Andreia.
Ainda segundo o sindicato, os funcionários demoraram para entrarem em greve. “A Teka vem há meses atrasando o salário dos funcionários. Não pagou o décimo terceiro do ano passado. Manda o pessoal sair de férias, o pessoal sai de férias e não recebe os valores correspondentes às férias e agora está fracionando o salário. Ao invés de pagar no quinto dia útil, eles estão pagando no dia 20 um valor sem data certa para pagar o restante. O pessoal está se mobilizando para ver se a gente consegue reverter essa situação. Em nossa opinião, os funcionários tiveram muita paciência com a empresa. Até o momento acreditamos que cerca de 150 funcionários aderiram à greve e a tendência deste número é aumentar”, afirma o diretor do sindicato.
Sem posicionamento
A equipe de Jornalismo do Portal Nogueirense tentou contato hoje várias vezes com a sede da Teka, localizada em Blumenau – SC, mas até o momento não conseguiu falar com nenhum responsável.
Veja as fotos: www.nogueirense.com.br/funcionarios-da-teka-entram-em-greve/
Alex Bússulo
Os funcionários da Teka que estão em greve desde a tarde de ontem, segunda-feira (25), foram impedidos de entrar no refeitório no final da tarde de hoje, terça-feira. A situação gerou polêmica e revolta entre os manifestantes.
A reivindicação dos funcionários é que a empresa pague o décimo terceiro e regularize o salário. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Campinas e Região, aproximadamente 150 funcionários já aderiram à greve.
“O pessoal desconta o valor da refeição do nosso salário. Eles vem pedindo que a gente colabore com eles há mais de seis meses, afirmando que a empresa está em uma situação difícil. Agora, eles estão negando um prato de comida para a gente. Me sinto constrangido. Uma empresa desse tamanho não podia fazer isso com a gente”, afirma o funcionário Antônio Moreira Sobrinho.
A Polícia Militar foi acionada e permanece no local, o que gerou ainda mais revolta por parte dos manifestantes. “Nós estamos em greve, reivindicando um direito nosso, porque estamos com o pagamento atrasado, sem décimo terceiro e férias. Agora, fomos proibidos de jantar na empresa, sendo que nós pagamos pela comida. Essa comida já foi descontada no mês e agora eles nos impedem de um direito nosso. Eu acho um absurdo eles mandarem a polícia para barrar trabalhadores. Aqui só tem trabalhador. Pai e mãe de família. Recebi R$ 500 na semana passada, paguei R$ 400 de aluguel, R$ 40 de água e estou sem dinheiro. Quem entrou para trabalhar pode comer. Já nós, que estamos reivindicando nossos direitos, ficamos sem comida”, afirma a funcionária Andreia Ferreira Marciano.
A reclamação é a mesma entre os grevistas. “Isso é um absurdo. Vou ficar sem janta porque eles chamaram a polícia. Não recebi décimo terceiro, férias e estou com o salário atrasado. Acho que nem vou receber. Isso é um total desrespeito”, afirma Quitéria Pereira dos Santos.
O sindicado afirmou que não concorda com a atitude da empresa. “A Teka ainda não se posicionou sobre o pagamento dos salários, nem dos outros direitos. Agora, eles estão impedindo o pessoal de se alimentar aqui, sendo que o pessoal ainda paga uma parte do valor da refeição. Estive em contato com a diretoria da Teka e eles alegam que isso é uma ordem de Blumenau – SC [local onde está localizada a matriz da Teka]. A ordem é de não dar alimentação para aqueles que não estão trabalhando, mesmo que eles paguem o valor. Isso é um absurdo. Pelo menos se o pessoal estivesse recebendo em dia, eu até concordaria. Agora, uma empresa que deve para o seu trabalhador, quer que ele trabalhe sem receber o salário e ainda fica com uma picuinha dessas. É um absurdo”, afirma o diretor do sindicato, Josué Fussi Veloso.
A Polícia Militar informou que foi acionada pela empresa e que não está impedindo a entrada de nenhum funcionário ao refeitório. Segundo o policial, a presença da viatura é para “que não haja a violação do direito de ninguém”.
Revolta
Os funcionários afirmam que estão exigindo apenas o que é deles por direito. “Nós não estamos atrás de aumento ou de melhorias. Queremos apenas que paguem o que é nosso por lei. Queremos apenas respeito, nada mais do que isso”, afirma o funcionário Pedro Luís Ferreira Pires.
A greve não tem data para terminar. “Sou pai de família e preciso receber meu dinheiro. Em janeiro deste ano agendei minhas férias para o dia 15 de abril. Hoje, quando cheguei para trabalhar fui informado que eu simplesmente já estava de férias e não precisava estar aqui”, afirma o funcionário Claudio Márcio de Campos.
“Estamos vivendo de promessas. Falam que vão pagar, mas só estão enrolando. Todas as minhas contas estão atrasadas. Queremos respeito”, afirma o funcionário Luís Carlos Ferreira dos Santos.
Andreia Souza trabalha na Teka há mais de quatro anos e afirma que desde setembro o pagamento vem atrasando. “O certo é recebermos nosso salário no quinto dia útil. Até agora não pagaram e quando pagam dão apenas uma parte. Nossas dívidas não esperam”, afirma Andreia.
Ainda segundo o sindicato, os funcionários demoraram para entrarem em greve. “A Teka vem há meses atrasando o salário dos funcionários. Não pagou o décimo terceiro do ano passado. Manda o pessoal sair de férias, o pessoal sai de férias e não recebe os valores correspondentes às férias e agora está fracionando o salário. Ao invés de pagar no quinto dia útil, eles estão pagando no dia 20 um valor sem data certa para pagar o restante. O pessoal está se mobilizando para ver se a gente consegue reverter essa situação. Em nossa opinião, os funcionários tiveram muita paciência com a empresa. Até o momento acreditamos que cerca de 150 funcionários aderiram à greve e a tendência deste número é aumentar”, afirma o diretor do sindicato.
Sem posicionamento
A equipe de Jornalismo do Portal Nogueirense tentou contato hoje várias vezes com a sede da Teka, localizada em Blumenau – SC, mas até o momento não conseguiu falar com nenhum responsável.
Veja as fotos: www.nogueirense.com.br/funcionarios-da-teka-entram-em-greve/
Nenhum comentário:
Postar um comentário