quarta-feira, 4 de julho de 2012

Funcionários da Teka acusam empresa de calote

Cerca de 120 ex-funcionários da unidade local da Teka – Tecelagem Kuehnrich, que encerrou as atividades no último dia 14, acionaram a Justiça na tarde de ontem. As ações foram protocoladas no Fórum pelo SINDIFIATEC (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Campinas e Região) para cobrar o pagamento dos direitos trabalhistas.

Até o momento, nenhum dos 370 funcionários demitidos recebeu seus benefícios, que somados podem chegar ao montante de R$ 2 milhões. O Sindicato deverá abrir um total de 200 ações individuais contra a empresa. Os demais, segundo informações, não assinaram acordo com a entidade sindical e deverão abrir os processos com seus advogados particulares. As reclamações dos trabalhadores apareceram já na segunda-feira, 25, durante a homologação das rescisões dos contratos de trabalho. No dia seguinte, diversos trabalhadores compareceram à redação do Gazeta após irem à Caixa Econômica Federal (CEF) para dar entrada no seguro-desemprego e sacar Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e receberem a informação de que a documentação estava errada. Pior: alguns ex-funcionários da Teka descobriram que o FGTS não foi depositado pela empresa. “Trabalhei seis anos na Teka e agora descubro que nem o FGTS não foi depositado. Estamos desesperados e sem respaldo algum. Quem não fez acordo com os advogados do Sindicato está ficando abandonado, mesmo tendo pagado a contribuição sindical todo mês trabalhado. E ninguém da empresa atende a gente”, reclamou a tecelã Edislene Guimarães Cunha Alves, 33. Também após trabalhar seis anos da Teka, a tecelã Valéria Andreza de Azevedo, 32, disse que seu FGTS está com valor parcial depositado, e por isso não pode fazer o saque. “No acerto disseram que eu tinha R$ 1 mil pra receber, mas na Caixa só tem R$ 400,00, e nem isso eu posso tirar”, lamentou. A situação da costureira Ana Paula Mauck, 29 anos e com 10 de Teka, também não é diferente. “Estou sem receber nada, a maioria dos funcionários já está passando dificuldades. É um absurdo o que estamos passando”, desabafou. Segundo o Sindicato, a Teka alegou que não tem condições financeiras de saldar as dívidas. Os benefícios não recebidos pelos ex-funcionários incluem os 14 dias trabalhados neste mês, aviso prévio, o 13º salário proporcional, as férias proporcionais, FGTS e multa de 40% sobre o FGTS. A Teka não se manifestou sobre o assunto, bem como sua assessoria de imprensa não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem até o fechamento desta edição.

Leia aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário